PSÍCOLOGIA EDUCACIONAL







PSÍCOLOGIA EDUCACIONAL SUJEITOS CONTEMPORÂNEOS


Aluno: Jorge Carlos Pinto Filho
Professora: Renée Coura Ivo Vituri
Curso: Letras Português 
  • Adolescentes: esses estranhos incompreendidos.
Não conheço a mim o que dirá dos outros. Sendo a vontade o combustível para querer do lado e encontro a impaciência, e o pagamento é de ódio. Entender: uma dádiva! Abro mão para tal coisa... O interesse e satisfação parece ser a bifurcação dessa estrada fadada a castigar os tolos. Morro para os que pensam ou acreditam que minha alma está locada, posicionada, eis o engano fatífero, letal. 
Amo, mas tudo tem um fim. (Jor9e C.76escritos 2022)
    
  Quem são os adolescentes do século XXI, ou seja, os próprios sujeitos "incompreendidos" mas igualmente visados de nossos tempos, que se encontram em plena transformação corporal, cognitiva e psicossocial? Como conceber suas indecisões subjetivas e suas incertezas sociais para poder acolhê-los, não sem dificuldades, nas nossas instituições educativas?
    Quais poderiam ser as formas de a Psicologia Educacional interpreta-los ou teoriza-los na atualidade, quando, inevitavelmente, as sociedades ocidentais têm contribuído para o certo apagamento da diferença, geracional ao levar todos nós a sermos cada vez mais juvenis e digitais?

    Sem exceção: são confusos, viris, autônomos, espetaculares, muitos querem ser invisíveis, diga-se de passagem, amados pelos seus, odiados pelos não seus, esse turbilhão, essa balburdia e labirinto da mente adolescente, o quanto pode ser congestionada pelos adultos? que passaram pela mesma condição e é para muitos como uma fenda no tempo, à qual entraram e saíram e não pode ser encontrada novamente, um mistério como o "triângulo", acaso são ilhas? por certo que não, o que se idealiza e manifesta nesta jornada de 6 anos com início aos 12, cabe bem dizer: são as palavras que edificam ou destroem, a agressão verbal e não verbal que dilacera com danos irreparáveis. 
    Estar nesse momento não é nada fácil, já que leva seus sujeitos a situarem estranhamente entre dois lugares e não pertencerem a nenhum, ele deixou de ser uma coisa mas ainda não se tornou outra. 
    Como disse, Sigmund Freud, psicanalista austríaco: "é a perfuração de um túnel a partir de dois lados" e o difícil (ou impossível) encontro apaziguado de ambas as escavações.
  • Destaco trechos do livro, pois, é de mão de mestre, para nossa reflexão e entendimento.
    O adolescente passa a genitalizar seus impulsos de desejo ao eleger um objeto sexual fora do seu corpo e fora do núcleo edipiano. Deixa a condição de "sua majestade" o bebê, epicentro da família, para buscar seu prazer através do genital e do corpo do outro. Para isso, o adolescente necessita fazer um árduo trabalho psíquico de desinvestimento de seus primeiros objetos narcísicos de amor.
   Por outro lado, é momento em que o sujeito passa a operar conceitos formais, a afirmar seus ideais e seus ídolos, a estabelecer  agrupamentos fora do circuito familiar, seus parceiros sexuais, amorosos, de amizade, de redes virtuais e também a definir a inscrição social de seus gêneros e sexualidades (tomados no plural, como se manifestam hoje).
   
     Sabemos que, psiquicamente, o sujeito adolescente ainda carrega consigo o peso de seu "túnel" mal escavado, ou seja, da delicada transição com suas crises, irrupções, confrontos, transbordamentos e conceitos instáveis que têm influenciado todo um modo contemporâneo de existência. Em consequência, como ocorre com os adolescentes, ficamos todos mais vulneráveis ao que se passa também com eles: a virtualidade em excesso, o consumo desmedido, a dependência de gadgets tecnológicos e do mundo das imagens.
   
     Para Lev Vigotski, a adolescência seria um momento de transição do pensamento conceitual em que o sujeito passa a realizar operações formais e a construir conceitos científicos, se tornando mais autônomo na aquisição de conhecimentos. Isso demarcaria o acesso a uma forma nova e superior da atividade intelectual, já que permitiria a abertura de conexões e o estabelecimento de relações complexas entre objetos, algo que, como vimos, o autor denominou "funções psicológicas superiores".
 
   "Comparado a uma criança, o adolescente é um indivíduo que constrói sistemas e 'teorias' [...]. O que surpreende ao adolescente é o seu interesse por problemas inatuais, sem relação com as realidades vividas no dia a dia, ou por aqueles que antecipam, com uma ingenuidade desconcertante, as situações futuras do mundo, muitas vezes quiméricas. O que mais espanta, sobretudo, é sua facilidade de elaborar teorias abstratas. [...], isto é, ser capaz  de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de uma observação real."
(PIAGET, J. Seis estudos de psicologia, 24, ed. Rio de Janeiro: F. Universitária, 2005, pp 58 e 59.)

    O livro, Psicologia Educacional Sujeitos Contemporâneos, "excepcional" no sentido lato da palavra, tratou em termos gerais da psicologia desde o nascimento à fase adulta, do aprendiz ao professor (aplausos), dando ênfase nos aspectos cognitivos ao entendimento psicanalítico da mente humana, escrevi brevemente sobre a adolescência (entendam que outras idades tem suas significâncias, mas fiz uma separação, digo em termos técnicos, para não os confundir com meus pensamentos), por ser marcante na história de todos viventes humanos, focalizei nesta parte da vida pois marcas se tornam cicatrizes cravadas no âmago do ser, entender..., como mencionado no escrito acima, uma dádiva, pois o que temos em mãos? além do momento uma conjuntura, dada a circunstância optamos pela distância e no oposto postergar a atenção.     Preferível, e sem distinção, o coração é que detém as rédeas falsas de que modificar é uma escolha quando na verdade é absurdo e desatino, uma loucura. 





JOR9E



    
        

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